terça-feira, 27 de maio de 2008

FC Porto


Os tempos que se seguiram, contudo, não foram positivos - o FC Porto passou 15 épocas sem ser campeão, de 1940 a 1955; nesse período venceu apenas campeonatos regionais e um nacional, mas de juniores. O jejum foi quebrado na histórica época de 1955/56. Histórica foi também a vitória, em 1948, sobre o Arsenal de Londres (então considerada a melhor equipa do mundo), que os sócios e adeptos fizeram questão de assinalar, oferecendo ao clube um magnífico troféu com mais de 300 quilos, 130 dos quais em prata maciça. A partida teve lugar no Estádio do Lima, propriedade do Académico, que o alugava ao FC Porto em alguns jogos, dadas as limitações da Constituição. O FC Porto chegou também a jogar no Ameal, do Sport Progresso, mas com a inauguração do Estádio das Antas, em 1952, passou a dispor de um recinto à medida da sua grandeza.
Os títulos nacionais voltaram em 1956, com a conquista da primeira dobradinha, e o mesmo ano marcou a estreia do FC Porto nas competições Europeias, frente ao Athletic Bilbao - na Taça das Cidades com Feira, que viria a chamar-se Taça UEFA, criada na época anterior. Porém, apesar do final da década de 50 ter sido positivo para o FC Porto, que voltou a sagrar-se campeão em 1959, a década seguinte não reservava grandes feitos ao futebol portista, antes um segundo e ainda mais longo jejum: desta vez entre 1959 e 1978, período em que os seniores do FC Porto conquistaram apenas duas Taças de Portugal (1968 e 1977). No ano seguinte quebrou-se o jejum, sob o comando de José Maria Pedroto, cognominado "o Mestre" e afectuosamente tratado como "Zé do Boné". Com Jorge Nuno Pinto da Costa como director do futebol e Américo de Sá como presidente, o FC Porto regressava às vitórias empunhando a bandeira anticentralista, de afirmação da região Norte e da cidade do Porto. É com José Maria Pedroto que ganha corpo a "mística", palavra ainda hoje tantas vezes aplicada para fazer referência à união e à garra dos jogadores portistas. O FC Porto foi bicampeão em 1977/78 e 1978/79, tendo Fernando Gomes arrecadado o título de melhor marcador em ambas as épocas.

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